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E quando as palavras faltam, o que fazer?

  • Foto do escritor: Juliana Tavares Soares
    Juliana Tavares Soares
  • 27 de abr.
  • 2 min de leitura

Eu gosto de escrever. Me acalma. Me alivia. Me organiza. Mas quando as palavras somem. As lágrimas secam e só fica o sentimento puro, quase visceral.


O que fazer?


Eu não sei.


Fica a sensação de estar tão fundo que nada faz sentido. Não há luz. Não há uma placa indicando a saída. Não há cheiro. Som. Só o vazio que consome a alma. O silêncio que não conecta, mas desampara.


Eu pergunto a Deus, ao Universo, a Inteligência Universal. Eu espero uma resposta. Não vem. Ou eu não escuto. Não entendo. Minha mente gira. Me sabota. Me abandona.


Eu realmente não entendo e por não entender não sei agir. Não sei o que aprender para evoluir. Para sair de onde estou. Ando em círculos, como um cachorro correndo atrás do rabo. Não saio do lugar.


E eu não quero mais esse lugar. Esse lugar me assusta.


O corpo já não está mais resistindo. Me percebo implodindo. Eu quero gritar, falar, agir. Mas a voz não sai. A ação não faz acontecer. Eu sinto um monte de coisas, mas só reconheço o vazio.


O que é isso?


O que fazer?


Já não é mais solidão. É desamparo. Abandono.


Como me reconectar comigo mesma? Como me resgatar? Como vibrar na alegria, na positividade, na fé, na confiança, na gratidão?


Eu sei que tudo é passageiro. Sei que tudo pode mudar, transformar. Sei que posso cocriar uma vida melhor. Eu sei que posso. Mas não sei como.


Começo a escrever e as lágrimas surgem, de um lugar distante. E dói. Está tudo bem doer porque eu quero voltar a sentir qualquer coisa, mesmo que seja a dor. Talvez seja o princípio da cura.


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