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Autoestima

  • Foto do escritor: Juliana Tavares Soares
    Juliana Tavares Soares
  • 23 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de fev. de 2024



Se olharmos a palavra estima no dicionário, encontraremos a seguinte definição: sentimento de carinho ou apreço em relação a alguém; afeto. Então quando falamos de autoestima estamos falando do afeto, da admiração, do carinho que temos por nós mesmos.


Só que nem sempre é assim...


Muitas vezes admiramos celebridades, amigos, professores, ídolos. Somos carinhos com nossos filhos, cônjuge, pais. Mas quando precisamos olhar para nós mesmos, nos julgamos e cobramos perfeição. Não temos compaixão ou afeto. Não reconhecemos nossas qualidades, não toleramos nossos defeitos.


Por que isso?


Será que é porque vivemos em uma sociedade na qual o ter se tornou mais importante do que o ser? Ter bens materiais, ter muitos seguidores nas redes sociais, ter likes em postagens? Será que com a globalização que uniu o mundo, nos perdemos de nós mesmos?


Fico pensando se passamos a olhar cada vez mais para fora, nos esquecendo de cuidar do nosso mundo interno – nossas emoções, nossa essência, nosso ser. Mas, o que significa olhar para fora? Significa colocar nosso valor na mão do outro, querer ser validada, aprovada, amada pelo outro. Temer o julgamento, a rejeição.


Ah, mas somos seres sociais, a opinião do outro importa, todo mundo quer ser amado e reconhecido, alguém poderia argumentar. E, sim, esse argumento é verdadeiro. E então gostaria de trazer alguns conceitos para aprofundar a conversa.


Temos três grandes pilares da nossa existência: a esfera do eu, a esfera das relações e a esfera profissional e financeira. A esfera do eu abarca nosso mundo interno, a origem, o pertencimento ao clã familiar, as emoções, a infância e a adolescência, todos os registros internos que foram construídos. Tudo começa no Eu. Quando essa esfera está preenchida, curada, segura, eu me lanço para a esfera das relações e posteriormente encontro meu propósito de vida através da profissão.

Assim, a forma como eu me relaciono comigo mesmo, as crenças que eu carrego e as experiências vividas, vão influenciar a forma como eu me coloco no mundo externo. Por exemplo, se eu experimento um sentimento de rejeição na infância ou adolescência, se eu sinto que não correspondi às expectativas dos meus pais, posso passar o resto da vida “gritando por atenção”, buscando reconhecimento, buscando pertencer.


Ressignificar essas experiências do passado, reconhecer as crenças, as histórias que eu contei para mim mesma me liberta para apenas ser. Ser eu mesma, ser espontânea, aceitando que nem todos vão gostar, que nem sempre vou acertar, que às vezes vai doer. Eu me permito ser e sentir em todos os sentidos, sem restrição. Abraço e acolho a vida, sem julgamentos, aceitando como ela é, com suas alegrias e tristezas. E quando eu faço isso, eu me permito me amar e me aceitar, como um todo, me abrindo para ser amada por quem eu sou, inteira, imperfeita.

 
 
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